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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Negra do cabelo loiro


A madrinha de bateria da escola de samba Beija-Flor de Nilopólis resolveu mudar o visual. Ela, uma mulata de parar o trânsito, resolveu alisar seus cabelos ondulados e depois pintou de loiro. Quem viu Raíssa na foto achou linda e realmente estava. Porém os integrantes da escola como o grande interprete Neguinho da Beija Flor e a porta bandeira Selminha Sorriso foi contra a essa mudança de visual. O carnavalesco-chefe Laíla,diretor de carnaval da Beija Flor, ficou super indignado e mostrou sua indignação e ainda foi porta voz do patrono da escola o bicheiro Anísio Abraão David. Laíla disse que “Seu” Anísio não gostou.
A resposta da moçoila Raissa foi em tom de birra que se ela quiser pintar o cabelo de laranja ela vai pintar. Claro que depois com um papo com o Laíla e com “seu” Anísio vai mudar o tom de resposta e logo vai descolorir seu cabelo para preto castanho. Afinal, o que essa menina sabe fazer além de ser madrinha de bateria?
Enfim, acho que não precisa dizer muita coisa. Porém a frase do Neguinho foi uma faca de dois gumes. Ele esbravejou que como uma menina de pele negra vai colorir o cabelo de loiro e alisá-lo.
De um lado a favor, que ela se quiser pintar o cabelo é problema dela e não das pessoas. Se ela se sente feliz assim, ela deve continuar com o cabelo loiro mesmo que para alguns isso seja ridículo. O discurso de que ela estaria desrespeitando as suas origens negras é de um radicalismo infantil e perigoso.
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Não se pode repudiar o fato de Raíssa ter visto uma Beyoncé com cabelos lisos e loiros e de repente ter copiado. Deve se ter respeito com o modo de cultura que cada queira ter.
Essa patrulha racial entre os negros acaba na verdade impulsionando mais as pessoas de sua cor a buscar um modo ocidental que se dizem livre e abominando a cultura africana porque houve imposição.
Democracia deveria ser usada nesse sentido para não cair no discurso vazio de apenas questão racial.
De um lado contra é a perniciosa influencia americana que levou a Raissa a ter que mudar de visual e também tem o fator psicológico onde por ser mimada por todos integrantes da escola se achou no direito de fazer o que lhe vinha na mente. Deve ser uma pessoa que não tem medo de nada porque sabe que tem a proteção de “seu” Anísio para lhe socorrer.
A mídia a colocou no patamar de diva do carnaval e também nunca foi lhe perguntado coisas sérias sobre assuntos mais reais. São essas coisas que levaram a Raíssa pintar o cabelo loiro e alisá-lo. E agora Neguinho com seu discurso de indignação, . O problema não é racial e sim social e psicológico. Como deve  ter sido para uma menina de 12 anos que foi alavancada de pequena passista a madrinha de bateria que numa Sapucaí leva flashes de fotógrafos e um monte de microfones de repórteres para responder e ainda em sua estréia ganha o campeonato de escola de samba? È complicado reverter esse processo. Melhor mostrar a Raissa que a vida não é só samba. Tem um pouco de rockn roll

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