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segunda-feira, 5 de junho de 2017

Tieta

Faz mais de 20 anos que acompanhei Tieta na tv. Foi a primeira novela que assisti por inteiro na tv,porém depois de tantos anos,não me lembro de quase nada que assisti. Hoje com 34 anos ,revejo a novela  no canal fechado Viva novamente para entender melhor o que foi aquela primeira novela que vi na vida.
O ano de exibição dessa novela é 1989,ano de eferverscência política da primeira eleição presidência pós ditadura militar e com a missão de substituir uma novela de sucesso que foi "O Salvador da Pátria"que junto com Vale Tudo e Mandala foram novelas urbanas com alto teor de crítica social e política de nosso país.
 Salvador da Pátria já dava um caminho para uma novela que fugisse do centro urbano,já que acontecia no espaço urbano-rural e assim Tieta aproveitou esse gancho na qual retratava uma cidade além interior longissima da capital.
A história baseada na obra de Jorge Amado tinha apenas estrutura de se tornar uma microsérie,porém com esticamento de atuações de pequenos personagens e novas histórias incluídas,a novela conseguiu passar seu recado.
 A história era tão boa e forte,,que Betty Faria topou fazer uma novela seguida,já que tinha feito a anterior,"Salvador da Pátria".Apesar que ela pensava que a novela seria depois de Barriga de Aluguel de Glória Perez.Mas Barriga de Aluguel se tornou uma novela das 6 dos anos 90 para levantar o ibope do fracasso da novela das 6 que teve o fracasso de "Sexo dos Anjos". Dito e feito.Barriga de Aluguel foi um sucesso.
Tieta apesar de uma temática provinciana,debatia várias questões  como a evolução da mulher  na figura de Tieta, o embate entre moderno urbano,porém devastador da natureza  e antigo da beleza natural intocável e preservista na qual tinha o personagem de Ascânio(Reginaldo Faria),defensor da urbanização e Comandante Dário, a questão religiosa e do incesto na qual havia a tentação amorosa entre Tieta e seu sobrinho Ricardo( Cássio Gabus Mendes), o machismo de todos personagens da novela que trata mulheres como coisas ou como ser antagônicos submissos, o fanatismo religioso e o retrato da mulher da ótima personagem Perpetua (Joana Fomm) e suas acompanhantes Mozinho ( Lília Cabral) e Cinira (Rosane Gofman), a luta pela liberdade sexual que tinha como líderes Tieta, Laura(Claúdia Alencar),Silvana (Claudia Magno) e a cafetina Zuleica ( Maria Helena Dias) e a pedofilia nordestina na qual tinha o personagem de Arthur da Tupitanga  como  seu usuário, a questão energética,na qual a cidade Santana do Agreste não tinha luz, o que fez a cidade parar no tempo - espaço assim como as cartas demoradas que chegava no correio da Carmosina(Arlete Sales),que numa cidade que não tinha tv ou apenas uma quermesse,a carta era a grande novidade.
E Bafo de Bode,um mendigo bêbado na qual ninguém dá papo,é um Gregório de Mattos maltrapilho e inimigo da literatura,mas com suas provocações aos moradores da cidade,denuncia a hipocrisia numa sociedade altamente conservadora cristã e hierárquica,mas com suas falhas pecaminosas.
Tieta por mais que tivesse drama,todos personagens tinha seu lado engraçado devido a uma linguagem simples e cheia de humor. E encerrou o ciclo de novelas foi a forra contra as censuras da ditadura militar, falando e denunciando tudo que não pode no período ditadorial. 
 Essa novela também foi uma aula de atuação,já todos atores deram show de interpretações.
A novela já foi reprisada em 1995,mas de 20 anos depois ainda é uma novela gostosa de se ver 


 

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