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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O homem do saco vermelho




Luís passeava com seu filho no centro de Queimados aborrecido da vida por causa do aglomerado bagunçado das pessoas  que  mal dava para ele passar.Apesar de estar a vontade com bermudão e camisa azul marinho com tecido leve,sentia um calor insuportável dos 44° graus.Passava mão na testa a todo momento,onde vinha um monte de líquido.Com a outra mão,segurava o Thiago,seu filho caçula de 7 anos que não parava de falar um minuto.Se pelo menos fosse falar do capítulo inédito do Naruto,até que iria,já que era também um fã de anime.O problema era que o moleque só queria  comprar os brinquedos que aparecia.A ânsia do pivete era tanta,que confundia até coletor de macarrão de plástico como brinquedo também. Fora também a mania de Thiago pular sem parar,numa rua estreita de Queimados de uma só direção.
Quando chegaram na larga Pça Nossa Senhora da Conceição, uma praça larga de Queimados,,seu coração começou a bater mais forte.A chateação que tinha veio acompanhado de tristeza e apreeensão.Pensou que iria infartar, já que estava sentindo seu coração bater mais rápido.Porém,viu que isso acontecia que sempre via a mesma cena.
O médico falou que deveria conviver com tal problema.E n psicologos não resolveram tal apreensão.
O jeito era aguentar tal apreensão para o resto da vida e pelo menos lembrar que isso era normal para não passar mal. Olhava aquele furdunço em frente a igreja de Nossa Senhora Conceição atônito e parado.Thiago soltou a sua mão.
Seu filho foi mergulhar no mar de pessoas e crianças que estavam eufóricas. Luís seguia seu filho caminhando devagar com medo de ver o que lhe causava pavor.Prestava atenção em seu filho,porém temia que se chegasse perto e desmaiasse ou tivesse ataque de pânico
As pessoas  lhe abria passagem para passar com seu filho que andava em passos largos.Quando chegou perto do que lhe dava medo,seu filho abraçava o medo que lhe empalidecia.Ficou com a garganta seca e inativo.
Lembrou da história que lhe causava tanto medo.Voltou na época de menino de 8 anos.
Estava Luís no seu quarto dormindo,quando escutou um barulho de campainha.Pensou que era seu pai que estava voltando de suas infindavéis e demoradas viagens da Marinha do Brasil.Era marinheiro e sempre ficava mais de 2 meses fora.Luís adorava seu jovem pai que sempre quando vinha lhe abraçava e trazia conchas do mar ou mais de uma réplica de alguns navios.Vinha com repertório de várias histórias.Luís adorava o da tempestade nos mares da Bolívia advindo de um grande raio que destruiu metade de seu barco.E conseguiu se salvar depois quando nadou com toda força no imenso mar.
Bolívia tem mar?Claro que não.Na verdade contava essas histórias para esconder sua real função na marinha que era auxiliar de cozinha do navio.E muito das vezes descascava legumes e carregava peças de carnes.Raro quando cozinhava.
Mas não interessava para o pequeno Luís,a mentira de hierarquia de seu pai.
A campainha parou de tocar. Thiago levantou da cama e pegou seu Fofão.Abriu a porta de seu quarto  eufórico e foi descendo as escadas  para encontrar seu herói paterno.com seu presente de natal:o master system.
Tinha tirado notas altas na escola,respeitava a professora,ia para igreja,fizera primeira comunhão,sempre lavava a louça e sempre obedecia a mamãe e a protegia.Seu pai sempre falava que era o homenzinho da casa,caso ele viajasse.
Adorava a figura do papai noel que além de dar presente,diziam que dava coca-cola.Por isso que sentia sede quando via suas fotos pelas ruas.
Um barulho se fez na casa. Thiago todo afoito pegou seu boneco de plástico do Jaspion e desceu as escadas rapidamente e ficou surpreso quando viu a porta aberta em plena meia noite.Não entendia porque a porta estava aberta naquela hora.
Gritou pela sua mãe,que sempre lhe atendia.Mas cadê que ela aparecia.Era raro ela  ficar longe dele.
Sempre  estava perto dele.Nunca lhe bateu ou gritou com ele.Quando reclamava,sempre falava em tom macio e fraterno.Era linda com seus cabelos negros,branca,olhos castanhos amendolados.Seios volumosos discretamentes escondidos com vestidos.Voz meiga e tranquila.Tinha 24 anos,mas parecia que tinha 17.Sempre brincava  com ele de Jogo do Mico ou de escolinha.
Não entendia o porque ela não atendia.Devia estar lá fora  abrindo o portão para seu pai e ajudando ele carregar seu video game.
Foi correndo vestido de seu pijama listrado azul e chinelinhos do Tundercats.
Atravessou a porta da sala e o imenso quintal correndo,quando de repente vê um Brasília vermelha em frente de seu portão.
O carro estava fechado,mas ouvia uns gemidos  estranhos.Parecia-lhe familiar os gemidos,mas não conseguia ligar uma coisa a outra.Abriu o portão devagarinho  para saber quem estava no carro. Os gemidos agora tinha outro tom,o masculino.Luís começou a ficar tenso.Será que o carro estava prendendo alguém ou ferindo até?
Lembrou do filme Cristine-o carro assassino  que via com seus pais no sofá ,onde as pessoas entravam e nunca mais voltavam.Pensando nisso,voltou para o quintal e pegou sua espada de plástico amarela que estava abandonada no quintal há muito tempo e pegou-a.Sentiu-se o He-Man ou Lion dos Tundercats e voltou para o quintal.Quando ouviu um aaaaaaaaaaaaaaa bem alto acompanhado de não..Abriu a porta com força,quando viu uma cena que não acreditaria de ver:o papai noel com barba nu e sua mão beijando seu pescoço totalmente pelada.
-Mãeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee-dizia o menino aos gritos.
O "papai noel" assustado acabou deixando a barba cair.Era o padeiro Robson que sempre entregava um baguete enorme para sua mãe.Demorava  algumas horas quando sua mãe pedia  que ficasse em casa enquanto ia com o padeiro pegar o pão doce.
A realidade vinha dura e crua em dois momentos: soube que o papai noel não exisitia e que sua mãe metia chifre no seu pai. Descobriu a mãe nua e molhado com uma coisa branca em cima de seus seios e o padeiro nu.
Não chorou,apenas gritava,gritava e começou a correr.E a sua mãe tentando vestir a calcinha toda atrapalhada gritava para o filho voltar.
Depois daquela cena nunca mais sua vida foi a mesma.Sua mãe tentou apagar a todo momento aquela cena. O seu pai acabou sabendo que a mulher o traia,mas não com o padeiro,mais dessa vez com o carteiro.Se matou,jogando se no prédio da UERJ.Sua mãe virou prostituta fazendo de sua casa um bordéu mais requisitado da Tijuca..Morreu assassinada pelos cafetões traficantes da Mangueira que sentiam se prejudicado no local.
Foi morar com a sua avó em Comendador Soares em Nova Iguaçu  e sua vida nunca mais foi a mesma.
Depois da quela cena,mesmo adulto ainda tinha medo do papai noel.
Vendo Thiago  abraçado ao papai noel ,pela primeira vez sorriu mesmo que timidamente
Thiago,alegre e descontraido que era começou a conversar com o papai noel
-Papai Noel você tá suado.Tá fazendo calor no polo Norte?
-Não, meu filho,é aqui em Queimados mesmo que está fazendo calor
-Vamos lá em casa que meu pai oferece um copo de água e você toma um banho lá.
-Até que não é má idéia.Tem uma cervejinha lá na sua casa-piscou o Papai Noel marotamente.
Luís ficou pasmo de sue filho estar convidando o Papai Noel para sua casa.Parecia nãio acreditar no que estava vendo.
Será que ali findaria seus medos?Pelo menos ali viu que quase tudo tem solução.
















terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Papai Noel segundo Ivan Lins

Eu quando escrevi o artigo acima queria começar com essa pérola do magistral Ivan Lins, porém por pura falta de esquecimento esqueci de fazer isso. Poderia até fazer corrigir meu erro, mais o calor e a preguiça costumeira advinda sempre não me permitiram fazer tal coisa. Mais se deliciem com essa música "Papai Noel de camiseta" que retrata um bom velhinho aqui no Brasil e também está postado a música para um bom acompanhamento


      " Papai Noel de camiseta"
          Celso Viafóra
Papai noel irá chegar de camiseta
Metido num chinelo e de bermuda jeans
Tocando agogô invés de uma sineta
Cantando do chará o "palpite infeliz"
Então, será natal
A noite vai ser mais feliz
Estenderá uma toalha na sarjeta
Em qualquer praça de subúrbio do país
Trará cachaça, arroz, feijão, a malagueta
Doce de leite, balas de goma e quindins
Aí será natal
A noite vai ser mais feliz
E surgirão blocos mirins
De suas camas de jornal
E drag-queens
Os reis magros do carnaval
De pé no chão
Os solitários da paixão
Um tamborim
Alguém trará um violão
Um bandolim
E a multidão vai sambar com a batida dos sinos
Ali no morro nascerá mais um menino
E, no primeiro sol, virão os bentevis
Num dia de natal
A gente pode ser feliz
E surgirão blocos mirins
De suas camas de jornal
E drag-queens
Os reis magros do carnaval
De pé no chão
Os solitários da paixão
Um tamborim
Alguém trará um violão
Um bandolim
E a multidão vai sambar com a batida dos sinos
Ali no morro nascerá mais um menino
E, no primeiro sol, virão os bentevis
Num dia de natal
A gente pode ser feliz
Ali no morro nascerá mais um menino
E, no primeiro sol, virão os bentevis
Num dia de natal
A gente pode ser feliz
Feliz, feliz...

Papai Noel no Brasil é piada.

Estou com inveja dos  americanos por causa do frio que eles estão curtindo. Lá que realmente eles podem comemorar o natal, porque o Papai Noel com aquelas roupas pode visitar as casas das pessoas e sem cansaço pode subir a chaminé tranquilamente. As renas (aqui no Brasil, viados) podem circular livremente porque só vivem em clima congelado.
Os sacos do Papai Noel pode ser vermelho porque lá tem que ser uma coisa gritante para os americanos notarem. E pode circular nas ruas sem ser assalatado ou até morto por um viciado em crack.
As suas renas voadoras terá ar livre já que a Força Aérea americana goza de maiores equipamentos para controlar os vôos.
Aqui no Brasil Papai Noel não teria vez porque num calor danado logo teria uma desitratação forte ou uma pressão alta cavalar. Sua barba aqui seria confundido com qualquer eremita,mendigo da Central do Rio, mormon radical ou louco fugido do hospício.
Como aqui no Brasil não existe renas, teria que ir de boi, cavalo e ir de burro numa carroça de madeira e sem voar.
Seus ajudantesseriam aqueles anões feíssimos  que sempre vão querer descansar na hora do almoço ou vai ficar morcegando num bar tomando aquela cachaça. Bêbados, logo nem subiram o meio fio.
Seu saco deveria ser estampado porque é comum o povo daqui gostar de coisas assim, uma coisa latina nossa.
Se não tomar cuidado, logo será assaltado por marginais que venderão tudo para fumar um crack.
Terá que usa crachá para as pessoas não desconfiarem.
Terá que também ter cuidado para não ser pego pelos flanelinhas quando guardar sua carroça porque por ser uma pessoa ilustre vai logo cobrar o triplo.
Mas também ficaria triste de ver que sua bondade e simpatia na verdade virou apenas um produto para o cliente sair satisfeito.
Claro que escrevi toda essa ironia para mostrar que é impossível a figura do Papai Noel no nosso país.
Uma figura criada pela Igreja Católica para estimular a caridade de senhoras na antiga Prússia e parte da Polônia no séc XIX em homenagem São Noel virou uma figura para ser vendida.
Teve sentido em algum momento daqueles longíquos séc XIX e parte do séc XX onde a inocência e a magia do natal era apenas de se divertir ou unir pessoas em torno de uma figura popular e também mostrar a criança um herói para impressioná-las desde a figura da esperança até preceitos de comportamento como a obediência, educação. Aliás quem não ouviu quando criança se não se comportar não ganhará presentes.
Era realmente legal ouvir as peripércias do simpático velhinho, hoje simplesmente perdeu sentido sua figura. Virou apenas comércio.
Não quero que essa figura desse velhinho desapareça de imediato mas que seja mudada aos poucos para a figura do pai ou mãe que rala o dia inteiro para dar o bom presente no final do ano.
Fará com certeza a criança reconhecer o valor da família e também não se guiar por figuras euroupéias e desde então ser acostumado com o eurocentrismo
Nunca acreditei em Papai Noel porque minha mãe falava que não existia. Para ela Papai Noel é para rico e para mim é para americano

DOCE ILUSÃO

 Alguém acredita que o Jair Bolsonaro vai ser tornar inelegível pelo TSE para sempre? Por mais que a gente solte fogos se caso o Bolsonaro s...